Rangel Talks: Ana Catarino, Supply Network Operations Country Head da Merck

Desde sempre que a parceria entre a Merck e a Rangel correu muito bem. (…) Acredito que poderia ter uma vida muito complicada e não a tenho e muito se deve à Rangel. Os problemas que vêm ter connosco já são muito poucos (…) a operação corre sempre muito bem e há de ambas as partes uma grande confiança.”

ANA CATARINO

A Merck é uma empresa global líder na área de ciências da vida. dedicada a impulsionar o progresso em saúde e bem-estar.

Com foco na inovação e na melhoria de qualidade de vida das pessoas de todo o mundo, a Merck contribui para avanços significativos em áreas como medicina, ciências biológicas e tecnologia. É uma empresa com uma abordagem sustentável e responsável, tendo como objetivo criar soluções inovadoras para os desafios globais de saúde.

Em 2024, a parceria entre a Merck Portugal e a Rangel Logistics Solutions, completa 12 anos. Ao longo deste período, a Merck tem confiado à Rangel a responsabilidade pela distribuição logística dos seus produtos em âmbito nacional, continente e ilhas. Segundo Ana Catarino, Supply Network Operations Country Head da Merck, esta relação tem sido pautada por “Confiança, Inovação e Seriedade”.

Na entrevista é destacada a dedicação da Merck Portugal no avanço científico e tecnológico, bem como a importância da parceria estratégica com a Rangel para enfrentar desafios logísticos e impulsionar o crescimento da empresa no mercado farmacêutico português.

A Merck Portugal tem um papel fundamental na contribuição de avanços científicos e tecnológicos para o setor farmacêutico em Portugal. Quer destacar alguma inovação recente?

Na Merck temos evoluído de forma progressiva, onde ao longo dos anos fomos adotando novas práticas, tanto a nível tecnológico como sustentável.

Para reduzir a nossa pegada ecológica estamos a realizar o máximo de esforços para eliminar o plástico das nossas embalagens, como é o caso dos slimpacks nos medicamentos da área da fertilidade. Pretendemos também reduzir a sua dimensão, o que terá um impacto não só nos materiais utilizados como no próprio transporte. O objetivo é estender isso a todas as embalagens da Merck. Começamos nesta área, mas agora é estender a todas as outras.

Quanto à inteligência artificial tenta-se incorporar a mesma nos nossos processos, a nível global e de uma forma progressiva. Estamos a começar a experimentar algumas ferramentas na nossa atividade diária e acreditamos que existem muitas oportunidades com a incorporação da AI.

Quais as maiores tendências que têm observado no vosso setor?

Quanto às maiores tendências acreditamos que o foco estará muito na medicina personalizada, associada a testes de diagnóstico específicos. Existirá cada vez uma maior utilização de dispositivos médicos, onde a Merck já tem alguma experiência, como é o caso do Rebismart para a administração do Rebif, para a esclerose múltipla e do Easypod na administração do Saizen, a hormona do crescimento. Consideramos que essa utilização vai potenciar-se nos próximos anos e, certamente, que será uma forma de diferenciação nos nossos produtos. As próprias pessoas fazerem essa administração de forma mais facilitada.

Quais são os principias desafios logísticos que a Merck enfrenta, neste momento?

Ainda temos uma grande parte do nosso portefólio com elevado número de SKU’s e um elevado número de embalagens transacionadas com baixo preço, o que no fundo tem um impacto muito significativo na qualidade de vida dos doentes e na sustentabilidade do próprio SNS.

Sem dúvida que isto gera alguns desafios na gestão desta cadeia de abastecimento, com os constrangimentos à produção que existem e consequentes situações de falta de stock e a gestão desses esgotamentos. O INFARMED está cada vez mais atento a essas situações e a requerer mais explicações e informação antecipada sobre potenciais quebras no abastecimento do mercado.

Outro fator que também tem provocado constrangimentos na cadeia de abastecimento, nos últimos anos, são os constantes esgotamentos dos produtos concorrentes, nomeadamente os genéricos, que também nos afetam. Esses esgotamentos geram um aumento das nossas vendas, para as quais por vezes não estamos preparados para o aumento da procura, acabando em algumas situações por levar ao esgotamento dos nossos próprios produtos.

Estamos num mercado muito dinâmico, onde temos de estar sempre muito atentos não só ao nosso ambiente, mas também ao dos nossos concorrentes. Por exemplo, o nosso Departamento de Regulatory está sempre a monitorizar as nossas moléculas, para saber quais são as perspetivas de esgotamentos da concorrência, tentando assim antecipar um pouco, situações mais críticas. Neste momento, o INFARMED exige uma notificação com 2 meses de antecedência e, portanto, temos de estar muito atentos a essas flutuações de mercado.

A Rangel e a Merck completam este ano uma relação de 12 anos. De que forma esta parceria foi evoluindo e contribuindo para o próprio crescimento da Merck em Portugal?

Desde sempre que a parceria entre a Merck e a Rangel correu muito bem. Em 2012, a Rangel tinha ainda uma pequena dimensão nesta área de logística farmacêutica, mas os nossos decisores internacionais, da área de Qualidade e Logística, optaram pela Rangel e deixamos assim o nosso armazém próprio.

Confesso que fiquei um pouco surpresa por optarem pela Rangel face a outro concorrente, que na altura era de maior dimensão, mas recordo-me de me dizerem “Eles vão tratar-te sempre bem”. E, realmente, sempre correu tudo muito bem.

Acredito que poderia ter uma vida muito complicada e não a tenho e muito se deve à Rangel. Os problemas que vêm ter connosco já são muito poucos, porque, de modo geral, a operação corre sempre muito bem e há de ambas as partes uma grande confiança.

Destaco ainda que, no último ano, tivemos um grande projeto com a Rangel, que consistiu na remarcação das embalagens. Temos produtos com preços baixos que foram abrangidos pelo aumento de preços, e a Rangel conseguiu dar uma resposta eficaz ao desafio que lhe foi colocado.

Esperam crescer em alguma área em particular, nos próximos anos?

Sem dúvida! As empresas têm de crescer e têm de lançar novidades para o mercado. Esperamos crescer especialmente no Specialty Care, nos produtos de elevada tecnologia associados a cadeia de frio. Outra área, que também já referi anteriormente é nos dispositivos médicos, associados aos nossos produtos.

Quais as palavras que descreveriam a parceria entre a Merck e a Rangel?

Confiança, Inovação e Seriedade.

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