Rangel Talks: Sandra Reis, Customer Supply Chain Lead (Portugal), Pfizer 11 de Fevereiro, 2025 Rangel Logistics Solutions Entrevistas “É importante destacar que o alinhamento entre parceiros não é um processo estático. A Pfizer tem trabalhado em conjunto com a Rangel para identificar e implementar novas formas de aprimorar os processos e alcançar níveis ainda maiores de excelência operacional.” SANDRA REIS Fundada em 1849 nos EUA, a Pfizer tem como missão melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas em todas as fases da vida. Com mais de 175 anos de história, continua a impulsionar a ciência de última geração e a desenvolver medicamentos, biológicos, pequenas moléculas e vacinas que fazem a diferença na vida dos doentes. A Pfizer confia na Rangel como parceiro logístico para garantir a integridade e a qualidade dos seus produtos em todas as etapas do processo, como destaca Sandra Reis, Customer Supply Chain Lead (Portugal) da Pfizer: “É crítico que o parceiro logístico transmita total confiança no cumprimento rigoroso de todos os requisitos de Boas Práticas de Distribuição (GDP), além disso, é essencial que tenha capacidade de acompanhar o ritmo de expansão da Pfizer e os seus objetivos a longo prazo.” Como tem sido o crescimento da Pfizer nos últimos anos? Conseguem já fazer algum balanço do primeiro semestre de 2024? Nos últimos anos, a empresa registou um crescimento muito significativo, impulsionado pela pandemia e, posteriormente, sustentado pelo seu portefólio principal e pelo lançamento contínuo de novos produtos. A Pfizer tem vindo a introduzir novos produtos anualmente e prevê manter este objetivo nos próximos anos, como parte do seu propósito de trazer inovações que transformam a vida dos doentes. Quais são os maiores desafios logísticos enfrentados pela Pfizer em termos de transporte de produtos sensíveis, como vacinas e medicamentos? Um dos maiores desafios é responder de forma eficaz e atempada às necessidades urgentes dos nossos clientes, em particular dos hospitais. Devido à especificidade do negócio, garantir a entrega no próprio dia, especialmente em unidades hospitalares, exige uma coordenação rigorosa e uma gestão logística altamente eficiente. Além disso, o transporte de produtos sensíveis como vacinas e medicamentos requer o cumprimento estrito de normas de qualidade e segurança, incluindo o controlo rigoroso da cadeia de frio, a monitorização em tempo real das condições de transporte e a gestão de eventuais imprevistos, como atrasos ou restrições de acesso. É fundamental assegurar a integridade e qualidade dos produtos, atendendo ao mesmo tempo às exigências reguladoras e às expectativas dos nossos parceiros e clientes. A Pfizer é parceira da Rangel desde maio de 2022. Quais foram os principais fatores que contribuíram para a escolha da Rangel como parceiro logístico estratégico da Pfizer? Para a Pfizer é crítico que o parceiro logístico transmita total confiança no cumprimento rigoroso de todos os requisitos de Boas Práticas de Distribuição (GDP), garantindo a integridade e a qualidade dos produtos em todas as etapas do processo. Além disso, é essencial que esse parceiro seja credível, com uma estrutura bem organizada em áreas-chave como Qualidade, Operações e Serviço ao Cliente, e que tenha capacidade de acompanhar o ritmo de expansão da Pfizer e os seus objetivos a longo prazo. Como descreveria a evolução desta parceria? É importante destacar que o alinhamento entre parceiros não é um processo estático, mas sim dinâmico. Na fase inicial enfrentámos em conjunto o desafio de alinhar os processos entre ambas as partes, uma vez que existiam algumas diferenças operacionais. A Pfizer, fiel ao seu compromisso com a melhoria contínua, tem trabalhado em conjunto com a Rangel para identificar e implementar novas formas de aprimorar os processos e alcançar níveis ainda maiores de excelência operacional. O objectivo é uma relação win-win, em que ambas as empresas deverão sair com ganhos. Quer destacar algum exemplo específico onde a Rangel vos tenha ajudado a superar um grande desafio logístico? Um exemplo significativo foi a construção e certificação da sala limpa, que permitiu à Rangel realizar operações GMP sempre que necessário. Esta era uma lacuna identificada no processo logístico, e a prontidão da Rangel em atender a essa necessidade foi essencial para superar este desafio. Essa iniciativa não só reforçou a capacidade operacional, mas também garantiu a conformidade com os elevados padrões de qualidade exigidos, proporcionando maior confiança e eficiência na cadeia de abastecimento. Quais são as prioridades da Pfizer em termos de logística nos próximos anos? As prioridades da Pfizer em logística para os próximos anos incluem: Prevenção de ruturas: Desenvolver uma cadeia de abastecimento robusta com visibilidade E2E, garantindo uma gestão eficiente de stocks e maior previsibilidade na distribuição. Sustentabilidade: Implementar práticas logísticas sustentáveis que reduzam a pegada ambiental, alinhando-se com os objetivos globais da Pfizer de responsabilidade ambiental. Controle de custos com foco no cliente final: Manter um equilíbrio entre a otimização de custos e a garantia de um serviço excepcional ao cliente final. Digitalização: Investir em tecnologias digitais para automatizar e integrar processos logísticos, aprimorando a eficiência e a tomada de decisão baseada em dados. Capacidade de transporte: Aumentar a resiliência e a flexibilidade das redes de transporte, garantindo que as necessidades de transporte sejam atendidas de forma confiável. Eficiência nos processos de distribuição: Simplificar e otimizar os processos de distribuição para alcançar maior eficiência e agilidade. Colaboração com parceiros e clientes: Trabalhar em conjunto com parceiros e clientes para identificar e eliminar ineficiências na cadeia de abastecimento, promovendo uma operação mais integrada e eficiente. Como é, para a Sandra, ser uma mulher num setor tão tradicionalmente dominado por homens, como o da logística? Quais são os maiores desafios que enfrentou e como acredita que o setor pode tornar-se mais inclusivo para as mulheres? Iniciei a minha carreira na Logística quando terminei o meu curso e, ao longo do meu percurso, fui alargando a minha atuação para outras áreas da cadeia de abastecimento, como planeamento e gestão de inventários, previsão de vendas, compra de produto acabado, entre outras. Não posso dizer que enfrentei desafios específicos pelo facto de ser mulher, pois tive a sorte de trabalhar em empresas e com colegas que valorizavam a competência acima de tudo, independentemente do género. O maior desafio que enfrentei foi mais pessoal e esteve relacionado com a perceção inicial do setor. Quando comecei, em 1998, a Logística ainda não era uma área muito procurada por recém-licenciados em Gestão de Empresas. Era vista como limitada a operações de armazém, transporte e camiões, o que a tornava pouco atrativa. Nessa altura, questionei-me se tinha feito a melhor escolha. Na verdade, eu sabia o que não queria, mas ainda não tinha certeza do que queria, e foi a Logística que me encontrou. Tive a sorte de começar numa empresa jovem e dinâmica, a Danone, onde a Logística era vivida de forma desafiante e estratégica. Felizmente, nos últimos anos, tenho observado um número crescente de mulheres neste setor, e a Pfizer é um excelente exemplo dessa evolução positiva. Para tornar o setor mais inclusivo, acredito que é essencial: Promover Role Models Femininos, divulgando os casos em mulheres assumem cargos de liderança, como exemplos inspiradores para motivar e atrair mais mulheres para esta área. Investir em Formação e Mentoria, criando programas de desenvolvimento de competências e iniciativas de mentoria para apoiar o crescimento das mulheres na Logística. Flexibilidade no Local de Trabalho, implementando políticas que favoreçam a conciliação entre vida profissional e pessoal, como horários flexíveis e opções de trabalho remoto, especialmente em posições que não requerem presença física constante. O setor da Logística tem mostrado grande evolução e potencial para se tornar cada vez mais inclusivo. Estou confiante de que, com estas mudanças, conseguiremos criar um ambiente mais equilibrado, que valorize a diversidade e permita que todos prosperem. Etiquetas:farmacêutica logística pharma
14 de Maio, 2024 Entrevistas Rangel Talks: João Paulo Nascimento, Chief Commercial Officer (CCO) Ler mais
12 de Fevereiro, 2024 Entrevistas Rangel Talks: Ana Catarino, Supply Network Operations Country Head da Merck Ler mais