E-commerce B2B: como garantir a otimização da eficiência logística? 15 de Novembro, 2024 Rangel Logistics Solutions Ecommerce O mercado global de e-commerce B2B (business to business) tem vindo a registar um crescimento sustentado. Em 2023, estima-se que este segmento tenha alcançado os 18.665 mil milhões de dólares, de acordo com a Grand View Research. O mesmo estudo indica que, entre 2024 e 2030, o mercado deverá expandir-se a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 18,2%. Trata-se, pois, de um dos modelos de venda com maior potencial. Neste artigo exploramos, portanto, as dinâmicas específicas do e-commerce B2B, equacionando algumas das principais estratégias para maximizar a eficiência dos processos logísticos deste setor. O que é, então, o e-commerce B2B? Sucintamente, o e-commerce B2B refere-se à troca de bens e serviços entre empresas, por meio de uma plataforma eletrónica. As empresas que operam neste quadro seguem dois tipos de modelos, a saber: direto ou marketplace. No primeiro, a empresa compra diretamente no site ou na loja virtual da marca. Por outro lado, no segundo caso, as organizações recorrem a plataformas digitais — que funcionam como intermediários — onde várias companhias podem vender os seus produtos e serviços (marketplaces). Entre as principais características do e-commerce B2B, podemos então destacar: Volume de vendas — envolve quantidades abundantes de produtos ou serviços, com transações que podem incluir a compra de matéria-prima, de equipamentos ou de produtos acabados para revenda, a título ilustrativo; Processo de compra complexo — devido à necessidade de adquirir quantidades elevadas, o processo de compra revela-se mais moroso e requer negociações, contratos e aprovações; Relacionamentos duradouros — as empresas B2B tendem a estabelecer relações de longo prazo, com acordos contínuos e negociações recorrentes, ao contrário das compras pontuais que tipicamente ocorrem no âmbito do B2C (business to consumer). B2B vs. B2C: quais são as principais diferenças? Enquanto o e-commerce B2B se foca em transações entre empresas e, por regra, envolve compras em grandes volumes e processos de negociação mais complexos, o e-commerce B2C centra-se, portanto, nas vendas diretas ao consumidor final. Requer, por isso, transações mais simples e volumes menores. Dadas as diferenças entre os dois modelos de venda, o processo logístico do e-commerce B2B é, certamente, mais complexo, como demonstra a seguinte tabela: Componente logísticaE-commerce B2BE-commerce B2CVolume de comprasTransações em maiores quantidades, com entregas complexas e personalizadas.Pedidos com menor volume, mas mais frequentes, exigindo um sistema logístico eficiente.Tempo de entregaPrazos mais flexíveis e longos, devido à escala e à complexidade dos pedidos.Expectativa de entregas céleres, muitas vezes em intervalos de 24 a 48 horas.ArmazenamentoNecessidade de integração com grandes centros de distribuição e armazéns que operam com regime just-in-time.Operações mais centralizadas e direcionadas ao armazenamento de produtos prontos para envio imediato.EntregasPersonalizadas, com requisitos específicos, como packing à medida ou transporte especializado.Geralmente, mais padronizadas.Visibilidade da cadeia de abastecimentoNecessidade de rastreamento detalhado, garantindo assim a total transparência sobre todas as etapas da supply chain.Rastreamento dos pedidos focado, sobretudo, na fase final da cadeia (last mile). Que desafios logísticos considerar no e-commerce B2B? A logística do e-commerce B2B é, sem dúvida, a espinha dorsal das operações de retalho modernas. Afinal, a eficiência destas atividades é determinante em múltiplos aspetos. A entrega pontual e segura destas mercadorias pode ser vital para os negócios, para a manutenção de relações comerciais saudáveis e para assegurar uma resposta adequada às necessidades do mercado. Desse modo, a logística B2B apresenta diversos desafios, nomeadamente: Coordenar grandes volumes de remessas; Garantir a expedição de mercadorias e entregas pontuais em várias localizações; Gerir inventários e armazéns (frequentemente, de larga escala) de forma eficiente e segura; Integrar várias tecnologias e plataformas logísticas, cada vez mais essenciais para a fluidez deste tipo de operações. O principal objetivo passa, pois, por simplificar estes processos, visando reduzir custos e incrementar a celeridade das operações, sem prescindir da excelência do serviço. Como otimizar a logística no e-commerce B2B? A logística B2B é, portanto, fulcral para o sucesso de operações de grande escala. Nesse sentido, a gestão integrada de stock e armazenamento, a par da utilização de tecnologias para rastrear as mercadorias, são componentes essenciais na otimização de toda a cadeia de abastecimento. Mas as estratégias a equacionar não se ficam por aí: Gestão da cadeia de abastecimento Uma das estratégias mais eficazes para garantir a eficiência logística é a integração completa da supply chain com as operações de comércio eletrónico. Isso significa, portanto, que todos os elos da cadeia — dos fornecedores aos operadores logísticos e ao cliente final — devem ter acesso aos dados em tempo real. Essa integração pode alcançar-se mediante a implementação de sistemas Enterprise Resource Planning (ERP) e Warehouse Management Systems (WMS). Estas ferramentas viabilizam, então, a gestão integrada de stocks, processamento de pedidos, transporte e devoluções. A integração destes sistemas com a plataforma de e-commerce proporciona visibilidade total, reduzindo significativamente problemas relacionados, por exemplo, com excesso de stock ou escassez de matéria-prima. Planeamento e previsão da procura Outro ponto essencial para otimizar a logística de e-commerce B2B prende-se com o planeamento preciso das flutuações do mercado, por meio da análise de dados históricos de vendas online e dos comportamentos de compra dos clientes. Dessa forma, a empresa sabe antecipadamente que produtos serão mais procurados pelos negócios em determinadas fases do ano, ajustando o inventário e o ritmo de produção conforme necessário. A ausência deste planeamento pode resultar em níveis desadequados de stock — que representam custos adicionais de armazenamento ou a perda de vendas e, consequentemente, de capital reputacional. Nesse sentido, o uso de inteligência artificial e big data tem transformado esta área central, permitindo que as empresas façam previsões mais precisas através da análise das tendências do mercado. Automação e recurso a tecnologias emergentes Com a automação de processos, as empresas conseguem reduzir o tempo de processamento dos pedidos e a probabilidade de ocorrerem erros humanos. Tal resulta num incremento da celeridade na entrega dos produtos e na contenção dos custos operacionais. Desse modo, a implementação de sistemas WMS e Transportation Management System (TMS) assegura uma gestão de inventário e rotas de entrega mais eficaz. Quando estes sistemas são integrados nas plataformas de e-commerce, oferecem uma visão global do processo, desde a produção até à entrega final. Da mesma forma, para lidarem eficazmente com encomendas de larga escala, as empresas de e-commerce B2B devem adotar tecnologias alicerçadas nas potencialidades da IoT (Internet of Things). Assim, asseguram uma otimização da monitorização do stock, em tempo real, e do rastreamento das entregas. Logística inversa Um dos aspetos mais desafiantes na logística do e-commerce B2B é, sem dúvida, a gestão das devoluções, ou logística inversa. Devido ao elevado volume de transações, é comum haver devoluções devido a problemas com qualidade, danificações ou, até, erros no pedido. Por isso, para garantir a eficiência logística neste quadro, é fundamental gerir as devoluções de forma ágil e coordenada com os sistemas de gestão de stock do e-commerce B2B. Assegura-se, dessa forma, que estas mercadorias são contabilizadas de imediato e ficam disponíveis para venda ou, em caso de defeito, que são descartadas corretamente. Uma gestão eficiente das devoluções é crucial para uma experiência de compra satisfatória, fortalecendo as relações comerciais entre parceiros. Isto revela-se decisivo, decerto, na capacidade de reter clientes — particularmente relevante no e-commerce B2B. Transporte flexível e escalável A flexibilidade e a escalabilidade do transporte é determinante para a otimização da movimentação de grandes volumes de mercadoria. Ao acautelarem um grau adequado de flexibilidade estratégica, nesta etapa, as empresas podem, então, optar pelo meio mais indicado para cada tipo de remessa (terrestre, aéreo ou marítimo) e para as necessidades concernentes ao custo ou aos prazos. Além disso, a garantia de escalabilidade facilita que o transporte possa acompanhar o aumento de pedidos, sem comprometer a qualidade do serviço. Tecnologias como o TMS, por exemplo, ajudam a otimizar rotas e a acompanhar as entregas, em tempo real, assegurando um substancial incremento da eficiência e da segurança. Se pretende otimizar as suas operações logísticas para e-commerce B2B, conte com o apoio especializado da Rangel! Dispomos de um leque diverso de soluções à sua medida, para todas as etapas da supply chain: da gestão de armazéns ao transporte de mercadorias, garantindo um elevado grau de eficiência, segurança e competitividade. Contacte-nos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASOroCommerce. “B2B eCommerce Supply Chain Management: Examples and Advantages”. Acedido a 22 de outubro de 2024.eFulfillment Service. “B2B Fulfillment Explained: The Essential Guide for eCommerce”. Acedido a 22 de outubro de 2024.Radial. “Navigating the Path to Excellence: A Comprehensive Guide to B2B Fulfillment”. Acedido a 22 de outubro de 2024.Clarity. “Operations and Supply Chain Management for eCommerce B2B Companies”. Acedido a 22 de outubro de 2024. Etiquetas:ecommerce logística Partilhar no Facebook Partilhar no Twitter Partilhar no LinkedIn
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